terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Não dá mais... '

Resolvi documentar a série de acontecimentos que vêm ocorrendo nos últimos dias. São pensamentos e sentimentos que não quero aprisionar em cadeias em meu ser, e deixar que caiam no esquecimento de minha mente. Ás vezes, torna-se necessário expressar o que sentimos, mesmo que as palavras humanas nunca signifiquem o mesmo que as palavras do coração.

Diário de Pedro, 12 de dezembro de 2021.

Há alguns dias atrás, estive em um diálogo com um amigo. Conversávamos sobre muitas coisas supérfluas, até que fui indagado por ele: "Mas e ela Pedro ? Você não a convidará ? "
Surpreso com a pergunta, respondi rapidamente sem hesitar: "Acho que não, porque não temos nada sério.. "
E ele novamente me deixa ainda mais pensativo, só que dessa vez, não por um dia.. mas por muitos... : "Nada sério ? Como assim ? Vocês tem uma história juntos.. "

Sim. Nós temos uma história juntos.
Uma história tão repleta de sentimentos, de sorrisos e olhares, de momentos. De idas e vindas. De fatos sem explicação. Nos apaixonamos sem saber, sem querer. Algo inefável.. sempre faltam as palavras. Não há como explicar. E talvez, nem seja necessário. Só entendemos quando estamos ali, em frente um ao outro, e sentimos a incrível e imensa vontade de nunca mais ir embora. De ficar juntos. Embora isso seja constantemente difícil ultimamente.. e nossos encontros, uma raridade.

Então, dias se passaram com tais pensamentos. Até hoje.
Hoje algo inusitado ocorreu, pela madrugada. Algo que agora, após algumas horas, considero como inevitável. O fato é que, todos nós, seres humanos, temos medo de machucar alguém.. e com a mesma intensidade, de sermos machucados.

Enfim, tive um sonho. Mas, longe de ser um sonho comum. Foi um sonho revelador. Um sonho consciente. Um sonho que mais se parece com um medo. Sim, meu maior medo. Vou lhes relatar.

Imagine, toda essa história juntos. Feita de idas e vindas, de fins e recomeços. Agora imagine um desmoronamento. Exato. Um desmoronamento de todas as ruas que foram concertadas, de todas as casas que foram rebocadas, de tudo o que foi consertado. Sim, esse foi meu sonho.

Estava em um lugar lindo, completamente harmonioso, em paz. E nadava calmamente.. Sim, em uma piscina. E fora dela, lá estava ela, reproduzida tão perfeitamente por meu cérebro e lembranças, tão reluzente, brilhava como se fosse a unica estrela em uma imensidão de escuridão da noite. Seus cabelos negros acompanhavam-na em um leve movimento. Ela era tudo o que sempre quis.

Alguns passos em minha direção, e ela se sentou ao meu lado, mergulhando suas pernas na água e abaixando-se lentamente até minhas orelhas. Em um gesto de amor, naturalmente aproximei-me e a beijei. Porém, ela recuou.

Atônito, sem entender o que acontecia, ouvi-a sussurar: "Não faz assim.. " , seguido de uma expressão facial extremamente fechada e triste, anunciando-me o por-vir. " Não dá mais Pedro, quero terminar.. "

E como uma faca entrando lentamente em meu peito, senti o mais estranho e vazio dos sentimentos. Um coração reduzido a milhões de pedacinhos. Comecei a chorar, literalmente. Acordei. Com lágrimas em todo o meu rosto. Com um frio nunca antes experimentado. E com as palavras virando e revirando em minha mente humana, fraca. " Não dá mais ".

Sabe, vivemos esperando pelo dia em que encontraremos a pessoa que nos tirará da rotina. Aquela que não vá nos desapontar. Aquela que, mesmo na distância, na tristeza, na dor, ainda possa nos olhar e animar. Ainda consiga nos amar. Ainda consiga confiar. E eu a encontrei. Como um anjo ela apareceu em minha vida.

Mas, após tantos recomeços entre nós, eu sabia, lá no fundo, que se houvesse mais um fim, não haveriam forças suficientes para outro recomeço, para outro conserto no coração. Este já estava magoado demais, inseguro demais para mais uma outra vez. Não haveria mais outra vez. E não haverá, de fato.

Se você leu até aqui, você teve a oportunidade de sentir um pouco do que senti, e sinto. Apesar de ser apenas um sonho, que não posso dizer se acontecerá um dia ou não, e que talvez seja apenas fruto de minha mente e inseguranças, vou dizer algo que poderá mudar sua vida para sempre.

Tal sonho fez me pensar de um jeito diferente.

Quando estiver com ele(a), esteja como se fosse a última vez que o verá. Quando abraçá-lo, abrace-o como se fosse o último que poderá dar. Quando beijá-lo, dê o seu melhor beijo. Enquanto tiver tempo, acaricie-o suavemente, faça com que ele sinta-se amado. Faça com que ele não te esqueça nunca mais. Faça-o feliz, e tenho a certeza de que você será ainda mais.
Por que, não sabemos o dia de amanhã. Não sabemos quando, de fato, "não dará mais" para alguém.

E então, se viver seus dias como sendo os últimos de sua vida, você poderá em todas as noites conversar com seu coração e com suas lembranças, mesmo que ele(a) não esteja no dia seguinte na mesma esquina sentado debaixo da árvore com um sorriso largo a te esperar.

" Quantos sabem realmente o que o amor é ? Muitos nunca saberão.. "
(Alicia Keys)

Termino aqui meu relato, que não contém apenas palavras de amor, mas histórias de amor. Histórias reais, sentimentos reais, dores reais. Talvez não exista amor, que não venha acompanhado de dor. Pois se existisse, não seria tão difícil assim amar.

Não espere o fim, para tentar um recomeço, mas faça de todos os seus dias um recomeço, para que não chegue nunca ao fim.



terça-feira, 2 de novembro de 2010

In your eyes i want to stay ♪

Acordei esta manhã como tantas outras vezes em tantas outras manhãs. Sem nada a sentir, nada a pensar. Sinto como se estivesse acordado por fora, porém sonolento por dentro. É como se a falta de algo produzisse esse efeito em mim. A falta de alguém. Por mais que sigam os dias, e as tentativas.. Você continua aqui. Intocável.

Você, e seu jeito único. Seu cheiro. Seu toque. Sua voz suave sussurrando tarde da noite. Seus braços me acolhendo. Perco-me nas madrugadas.. perco-me entre multidões de pessoas.. Perco-me entre os sons, as músicas.

Mas, as pessoas estão todas tão felizes. Tão presentes. Se importando com nada, se divertindo. E eu, pensando em você. Mais uma vez, ou devo dizer, como de costume. Já não é novidade não te esquecer. Porquê? Porque tudo não simplesmente vai embora? Porque não consigo dar um fim nisso? Mas, será que, de fato, desejo dar um fim a tudo o que sempre me fez bem? :~

Acho que não..

Preciso prender você, se só com você, serei plenamente feliz. Preciso que você saia dos meus sonhos e da minha mente, e sente-se aqui comigo, neste fim de tarde. E me ame, como você sempre amou.

Mas.. até lá, nos seus olhos,
é onde eu desejo ficar. ♪


(Kate Perry - Thinking of you)

sábado, 30 de outubro de 2010

.

" A mais tola das virtudes é a idade.

Que significa ter quinze, dezessete, dezoito ou vinte anos?
Há pulhas, imbecis, há santos, há gênios de todas as idades."

(Nelson Rodrigues)

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Lembranças, vivas .

É difícil dizer ADEUS quando fizemos tantos sonhos, tantas promessas, tantas declarações de amor, mas temos que pensar no amor, no verdadeiro amor.
Quem errou mais? Isso não importa agora, logo posso ficar com toda a culpa pelo nosso fracasso.
Sempre sonhei com algo diferente, como nos contos de fada. A realidade é deveras distinta, só Deus é testemunha como tentei. Mas, nesse momento, nada disso importa, nada do que doeu importa. Eu vou ficar aqui sozinho, com minhas lembranças e nosso fracasso. Vou me lembrar só das partes boas, para me emocionar com a saudade.
Não lembrarei de nenhuma briga, nem nada disso! Eu quero uma receita para esquecer dos momentos ruins, dos bons eu não preciso, e nem quero. Para que me esquecer do que me orgulho? Do que me fez feliz? Deixa a saudade me machucar, uma hora ela se cansa. Eu não abro mão de recordar o quanto fomos felizes. Acabou sim, mas não sem muito amor. É o fim, mas não antes de muitas promessas de
eterna felicidade. É isso que vale afinal.

Eu busco isso a cada instante da minha vida, apenas boas lembranças.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Feira de projetos, não mais !

Auto-aceitação. Auto-conhecimento. Essas foram as palavras-chave do meu dia. Calma, você já vai entender..

Feira de projetos na escola, vários standes pelo pátio, e muitas pessoas.
Alunos, professores, funcionários, familiares, desconhecidos. Alguns interessados, outros não tanto assim. Alguns perdidos, olhando pros lados, apenas gastando seu tempo com nada. Outros atentos, observando cada movimento corporal feito por você; escutando, e não apenas ouvindo o que você está a dizer.
E por trás dos standes? Bem.. Alunos. Alguns interessados, porém nervosos. Outros desleixados, olhando incessantemente pro relógio, contando os segundos para poder ir embora.
E professores.. pra lá e pra cá.. Um movimento intenso, que junto consigo trazia cada vez mais medo e timidez para quem apresentaria.

Auto-conhecimento. Auto-aceitação. Saber quem você é, e o que você representa em cada situação que se levanta. É relaxar, respirar fundo e enfrentar tigrão. Enfrentar a vida. Enfrentar as pessoas. Enfrentar julgamentos. Enfrentar ideias diferentes. Enfrentar oposição. Enfrentar pressão. Enfrentar avaliação.

É ter que responder perguntas dificéis. É ter que se explicar. É ter que transmitir o conhecimento.

É saber que, independente do que possa acontecer, você é o que é. Você se preparou. Você sabe. É não deixar o sentimento te atrapalhar na tomada de decisões. A timidez, o esquecimento. É ser racional, pensar. É chegar no fim do momento mais crucial da feira de projetos, a hora da verdade, e ouvir de seu avaliador principal, "Eu estou satisfeito".

É querer gritar de felicidade, mas se conter, devido à ética, hahahaha. É, antes de tudo, conhecer-se. Sentir a sensação de alívio em seu peito. Olhar para sua mão trêmula, e saber que todo o esforço valeu a pena. Tudo vale a pena se a alma não é pequena.

E no final de tudo, pode-se citar outra palavra-chave, que faz o papel de secundária de seu dia: experiência. É uma experiência monstruosa, desculpe o uso da grosseira palavra, falar com muitas pessoas de um mesmo assunto sob pontos de vista diferentes em um longo espaço de tempo.

Mas, a gratificação é extremamente prazerosa. Ouvir um "Muito obrigado, adorei seu projeto" é inpagável. Fantástico. Extraordinário.

É inefável *-*

_

Sim, agora eu posso dizer com orgulho,
eu PASSEI EM TCC *-* SAUHASUHSAHHASHU


Agradecimentos especiais, a todos. Sem acepção.
(Especialmente a Bruno, autor do projeto "Auto-aceitação", de cujo nome inspirou-me em todo o texto).


segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Talvez .

Talvez eu venha a envelhecer rápido demais. Mas lutarei para que cada dia tenha valido a pena.
Talvez eu sofra inúmeras desilisões no decorrer da minha vida. Mas farei com que elas percam a importância diante dos gestos de amor que encontrei.
Talvez eu não tenha forças para realizar todos os meus ideais. Mas jamais irei me considerar um derrotado.
Talvez em algum instante eu sofra uma terrível queda. Mas não ficarei por muito tempo olhando para o chão.
Talvez um dia eu sofra alguma injustiça. Mas jamais irei assumir o papel de vítima.
Talvez eu tenha que enfrentar alguns inimigos. Mas terei humildade para aceitar as mãosque se estenderem em minha direção.
Talvez numa dessas noites frias, eu derrame muitas lágrimas. Mas não terei vergonha por este gesto.
Talvez eu seja enganado inúmeras vezes. Mas não deixarei de acreditar que em algum lugar alguém mereça a mimnha confiança.
Talvez no decorrer dos anos eu perca grandes amizades. Mas irei aprender que aqueles que realmente são meus verdadeiros amigos nunca estarão perdidos.
Talvez algumas pessoas queiram o meu mal. Mas irei continuar plantando a semente da fraternidade por onde passar.
Talvez eu fique triste ao concluir que não consigo seguir o ritimo da música. Mas então, farei com que a música siga o compasso dos meus passos.
Talvez eu nunca consiga enxergar um arco-iris. Mas aprenderei a desenhar um, nem que seja dentro do meu coração.
Talvez hoje eu me sinta fraco. Mas amanhã irei recomeçar, nem que seja de uma maneira diferente.
Talvez eu não aprenda todas as lições necessárias. Mas terei a consciência de que os verdadeiros ensinamentos já estão gravados em minha alma.
Talvez eu me deprima por não ser capaz de saber a letra daquela música. Mas ficarei feliz com as outras capacidades que possuo.
Talvez eu não tenha motivos para grandes comemorações. Mas não deixarei de me alegrar com as pequenas conquistas.

(ARISTÓTELES ONASSIS)

domingo, 10 de outubro de 2010

Welcome to my Life .

Eu escrevo sem esperança de que o que eu escrevo aqui altere qualquer coisa. Não altera em nada. Porque no fundo a gente não está querendo alterar as coisas.

É curioso como não sei dizer quem sou. Quer dizer, sei-o bem, mas não posso dizer. Sobretudo tenho medo de dizer porque no momento em que tento falar, não só não exprimo o que sinto, como o que sinto se transforma lentamente no que eu digo.

Estou atrás do que fica atrás do pensamento. Inútil querer me classificar: eu simplesmente escapulo. Gênero não me pega mais. Além do mais, a vida é curta demais para eu ler todo o grosso dicionário a fim de por acaso descobrir a palavra salvadora. Entender é sempre limitado. As coisas não precisam mais fazer sentido. Não quero ter a terrível limitação de quem vive apenas do que é possível fazer sentido. Até mesmo porquê...

Viver ultrapassa qualquer entendimento. (CL)

Saiba o que você quer .

Chega uma hora na vida que você tem de decidir: ou você esquece tudo aquilo que acreditou e sonhou quando criança, e mata os seus herois, ou segue em frente e se faz um heroi. É facil fazer como todo mundo faz, desistir de tudo, deixar a ferrari pra traz, mais eu levo na consciência que desistir é a saida dos fracos e insistir é a opção dos fortes, sou forte sim, pois não desisto nunca, sempre lutarei, e deixo um recado... "A vida é como andar de bicicleta se parar cai, pois o equilíbrio vem do pedalar. O mesmo ocorre com os aviões, se pararem, caem. O que sustenta seu equilibrio é o movimento dos motores. É bom observarque a bicicleta tem duas rodas e um guidão, ou seja, o equilibrio depende também de uma direção bem determinada. Quem não tem uma meta, facilmente se cansa. É preciso saber para onde ir, e ser persistente nessa direção."

Bruno Reis.

domingo, 3 de outubro de 2010

God .

Deus tira algo de seu alcance, Ele não está punindo-o, mas apenas abrindo suas mãos para receber algo melhor. Concentre-se nesta frase...

"A vontade de Deus nunca irá levá-lo aonde a Graça de Deus não irá protegê-lo."

Hapiness .

"Você é cem por cento responsável pela sua própria felicidade.
Os outros não são responsáveis por ela. Seus pais não o são. A sua esposa também não o é. Você está sozinho. Então, se você não é feliz, só você pode mudar esta situação. Este 'conserto' não depende de mais ninguém."

(Gerald D. Bell)

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Opção. Decisão.

Difícil é expressar por gestos e atitudes o que realmente queremos dizer, o quanto queremos dizer, antes que a pessoa se vá.

Fácil é julgar pessoas que estão sendo expostas pelas circunstâncias.
Difícil é encontrar e refletir sobre os seus erros, ou tentar fazer diferente algo que já fez muito errado.

Fácil é ser colega, fazer companhia a alguém, dizer o que ele deseja ouvir.
Difícil é ser amigo para todas as horas e dizer sempre a verdade quando for preciso.
E com confiança no que diz.

Fácil é analisar a situação alheia e poder aconselhar sobre esta situação.
Difícil é vivenciar esta situação e saber o que fazer ou ter coragem pra fazer.

Fácil é demonstrar raiva e impaciência quando algo o deixa irritado.
Difícil é expressar o seu amor a alguém que realmente te conhece, te respeita e te entende.
E é assim que perdemos pessoas especiais.

Fácil é mentir aos quatro ventos o que tentamos camuflar.
Difícil é mentir para o nosso coração.

Fácil é ver o que queremos enxergar.
Difícil é saber que nos iludimos com o que achávamos ter visto.
Admitir que nos deixamos levar, mais uma vez, isso sim é difícil.

Fácil é dizer "oi" ou "como vai?"
Difícil é dizer "adeus", principalmente quando somos culpados pela partida de alguém de nossas vidas...

Fácil é abraçar, apertar as mãos, beijar de olhos fechados.
Difícil é sentir a energia que é transmitida.
Aquela que toma conta do corpo como uma corrente elétrica quando tocamos a pessoa certa.

Fácil é querer ser amado.
Difícil é amar completamente só.
Amar de verdade, sem ter medo de viver, sem ter medo do depois. Amar e se entregar, e aprender a dar valor somente a quem te ama.

Fácil é ouvir a música que toca.
Difícil é ouvir a sua consciência, acenando o tempo todo, mostrando nossas escolhas erradas.



Fácil é ditar regras. Difícil é seguí-las.
Ter a noção exata de nossas próprias vidas, ao invés de ter noção das vidas dos outros.

Fácil é perguntar o que deseja saber.
Difícil é estar preparado para escutar esta resposta ou querer entender a resposta.

Fácil é chorar ou sorrir quando der vontade. Difícil é sorrir com vontade de chorar ou chorar de rir, de alegria.

Fácil é dar um beijo. Difícil é entregar a alma, sinceramente, por inteiro.

Fácil é sair com várias pessoas ao longo da vida.
Difícil é entender que pouquíssimas delas vão te aceitar como você é e te fazer feliz por inteiro.

Fácil é ocupar um lugar na caderneta telefônica.
Difícil é ocupar o coração de alguém, saber que se é realmente amado.

Fácil é sonhar todas as noites. Mas, difícil... é lutar por um sonho.


(Carlos Drummond de Andrade)

Feeling .

Não saber explicar o que se sente por quem você quer a todo momento,

é amar.
(Fernando Pessoa)

domingo, 29 de agosto de 2010

Uma luz na escuridão .

Ele teve essa idéia, como a de um virologista.
Ele acreditava que podia curar o racismo e o ódio, literalmente curá-los, injetando música e amor, na vida das pessoas.
Certa vez ele estava se preparando para atuar num comício de paz, um atirador foi até à casa dele, e o alvejou.
Dois dias depois, ele subiu naquele palco e cantou.
Alguém lhe perguntou, "por quê?". E ele disse: "As pessoas que estão tentando fazer deste mundo pior não estão tirando um dia de folga. Como é que eu posso?"

(Bob Marley)

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Assisti o filme "Eu sou a lenda" ontem à noite, do ator Will Smith.. e fui muito impactado pela mensagem do filme. Mesmo que você esteja sozinho, desanimado, sem forças para continuar lutando, que tudo indique que não há solução, vale a pena lutar, pois sempre há uma esperança.. de fazer tudo dar certo, de consertar as coisas. Seus dias por um bom tempo foram sempre iguais, mas não foram iguais pra sempre.. E ele encontrou a cura, no filme..

Pra quem não assistiu ainda, eu recomendo! Abraços, boa semana ;@@

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

A vida tem que acabar, o amor não.

"Amor perdido ainda é amor, Eddie. Ele assume uma outra forma, só isso. Você não pode vê-lo sorrir, não pode lhe trazer o jantar, não lhe faz cafuné nem rodopia com ele pelo salão. Mas quando esses prazeres enfraquecem, um outro toma o seu lugar. A lembrança. A lembrança se torna sua parceira. Você a alimenta. Você a segura. Você dança com ela. A vida tem de acabar — disse ela. — O amor, não."

(Mitch Albom - As cinco pessoas que você encontra no céu)

___


Passando aqui novamente, após um bom tempo que não posto..
Estou lendo o livro acima, que por sinal, é muito bom!

Nada é por acaso.. então, fique atento aos detalhes.

Ótima semana ! ;@@

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Fearless .



-
Fearless doesn't mean you don't have any fears, it means you have a lot of fears, but you jump anyway.. ("Sem medo" não significa não ter medo de nada, mas ter um monte de medos e enfrentar mesmo assim)

Taylor Swift


segunda-feira, 9 de agosto de 2010

É inútil tentar te esquecer .

Tentar te esquecer?! Para quê? Para deixar de viver?

Para que a minha vida perca o sentido?
Para que o meu coração volte a ficar perdido?

Para esquecer tudo o que é importante para mim?
Um abraço, um afago, uma verdade nua.
Que dentro de mim se multiplica mais que a altura da lua.

Não sei mais viver sem você.

Até quando? Até quando tu quiseres.
Até quando precisares de mim. Até quando te servir como abrigo.
Até quando puder ser seu melhor amigo.
Até quando me abracares apertado e demorado,
e me fazer querer mais sonhando acordado.

Descobri que, hoje, só preciso de você. E para mim, o hoje basta.

Então, para quê esquecer-te? Para deixar de viver?


Escrito por: Rafa ;@@

Sem título

“ Porque eu me imaginava mais forte. Porque eu fazia do amor um cálculo matemático errado: pensava que, somando as compreensões, eu amava. Não sabia que, somando as incompreensões, é que se ama verdadeiramente. Porque eu, só por ter tido carinho, pensei que amar é fácil. É porque eu não quis o amor solene, sem compreender que a solenidade ritualiza a incompreensão e a transforma em oferenda. E é também porque sempre fui de brigar muito, meu modo é brigando. É porque sempre tento chegar pelo meu modo. É porque ainda não sei ceder. É porque no fundo eu quero amar o que eu amaria – e não o que é. É porque ainda não sou eu mesma, e então o castigo é amar um mundo que não é ele.”

Clarice Lispector

domingo, 8 de agosto de 2010

Fugir .


"Quando as estrelas começarem a cair,

Me diz, me diz.. Pra onde é que a gente vai fugir?

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

True Love '

Um famoso professor se encontrou com um grupo de jovens que falava contra o casamento. Argumentavam que o que mantém um casal é o romantismo e que é preferível
acabar com a relação quando este se apaga, em vez de se submeter à triste monotonia do matrimônio.

O mestre disse que respeitava sua opinião, mas lhes contou a seguinte história:

"Meus pais viveram 55 anos casados. Numa manhã minha mãe descia as escadas para preparar o café e sofreu um infarto. Meu pai correu até ela, levantou-a como pôde e quase se arrastando a levou até à caminhonete.Dirigiu a toda velocidade até o hospital, mas quando chegou, infelizmente ela já estava morta. Durante o velório, meu pai não falou. Ficava o tempo todo olhando para o nada. Quase não chorou.
Eu e meus irmãos tentamos, em vão, quebrar a nostalgia recordando momentos engraçados.Na hora do sepultamento, papai, já mais calmo, passou a mão sobre o caixão e falou com sentida emoção:

- Meus filhos, foram 55 bons anos... Ninguém pode falar do amor verdadeiro se não tem idéia do que é compartilhar a vida com alguém por tanto tempo. Fez uma pausa, enxugou as lágrimas e continuou:

- Ela e eu estivemos juntos em muitas crises. Mudei de emprego, renovamos toda
a mobília quando vendemos a casa e mudamos de cidade. Compartilhamos a alegria de ver nossos filhos concluírem a faculdade, choramos um ao lado do outro quando entes queridos partiam. Oramos juntos na sala de espera de alguns hospitais, nos apoiamos na hora da dor, trocamos abraços em cada natal, e perdoamos nossos erros...

Filhos, agora ela se foi e estou contente. E vocês sabem por quê? Porque ela se foi antes de mim e não teve que viver a agonia e a dor de me enterrar, de ficar só depois da minha partida. Sou eu que vou passar por essa situação, e agradeço a Deus por isso. Eu a amo tanto que não gostaria que sofresse assim.

Quando meu pai terminou de falar, meus irmãos e eu estávamos com os rostos cobertos de lágrimas. Nós o abraçamos e ele nos consolava, dizendo:

- Está tudo bem, meus filhos, podemos ir para casa. Este foi um bom dia."


E, por fim, o professor concluiu:

- Naquele dia entendi o que é o verdadeiro amor. Está muito além do romantismo, e não tem muito a ver com o erotismo, mas se vincula ao trabalho e ao cuidado a que se professam duas pessoas realmente comprometidas.

Quando o mestre terminou de falar, os jovens universitários não puderam argumentar. Pois esse tipo de amor era algo que não conheciam. O verdadeiro amor se revela nos pequenos gestos, no dia-a-dia e por todos os dias.

Quem ama, verdadeiramente, prefere sofrer a causar sofrimento. Prefere renunciar à própria felicidade para promover a felicidade de quem ama.

Alguns dirão que quem age assim não tem amor próprio, mas amor próprio, não quer dizer individualismo. O que geralmente acontece com o individualista, em caso de separação pela morte, é debruçar-se sobre o caixão e perguntar: "O que será de mim?"

Já aquele que ama e se preocupa com o ser amado, perguntará: "O que será dele? Ou, ou que será dela?"

Isso demonstra que seu amor é grande o suficiente para pensar mais no outro do que em si mesmo.

domingo, 1 de agosto de 2010

Bipolar .



"Devo sorrir porque somos amigos? Ou chorar porque talvez nunca seremos mais do que amigos?

quinta-feira, 29 de julho de 2010

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Uma batida me afasta de você .


Uaaau, achei a música que chega um pouco perto do que estou sentindo ultimamente *-*

 Eye To Eye - Tevin Campbell


"I got myself a notion
One I know that you'll understand
To set the world in motion
By reaching out for each other's hand
Maybe we'll discover what we should have known 
all along
One way or another together's where we both belong
Refrão
If we listen to each other's heart
We'll find we're never too far apart
And maybe love is the reason why
For the first time ever we're seeing it eye to eye

If a wall should come between us
To high to climb, to hard to break through
I know that love will lead us
And find a way to bring me to you
So don't be in a hurry. Think before you count us out.

You don't have to worry, I won't ever let you drown

Refrão
If we listen to each other's heart
We'll find we're never too far apart
And maybe love is the reason why
For the first time ever we're seeing it eye to eye

If you're ever lonely, stop. You don't have to be
After all is stolen, I'll beat a way from you to me

Refrão
If we listen to each other's heart
We'll find we're never too far apart
And maybe love is the reason why
For the first time ever we're seeing it eye to eye"
 ________________
Tradução do Refrão

"Se ouvirmos o coração um do outro
Descobriremos que nunca estamos tão longe assim
E talvez o amor seja a razão pela qual
Pela primeira vez, estamos enxergando-o olho no olho

Se você se sentir sozinha, pare! Você não tem que se sentir assim.

Afinal de contas, existe apenas uma batida que afasta você de mim..
Olhe dentro de você e verá!" ♫

terça-feira, 20 de julho de 2010

O Tempo .

"Nunca se pode saber de antemão de que são capazes as pessoas. É preciso esperar, dar tempo ao tempo. O tempo é que manda. O tempo é o parceiro que está a jogar do outro lado da mesa e tem na mão todas as cartas do baralho. A nós, compete-nos apenas inventar os encartes com a vida..."






É.. mais uma semana começou, haha. Um novo recomeço, talvez? É apenas mais um dos milhares que teremos durante a vida.

Tenho a leve sensação de necessitar de uma mudança em mim. Algo interior, entende?
Parece que, a vida tá passando e eu nem estou "vivendo". Estou apenas, automaticamente, respondendo às pressões rotineiras, impulsos. Quero mais que isso. Quero ir além.

Essa semana, especificamente, em todo lugar que vou escuto a mesma música. Acordei com ela, vim ao escritório com ela, cheguei aqui e liguei a rádio, e ela tocando, haha. Acho que ela já faz parte de mim, pois até quando não está tocando no rádio, está tocando aqui dentro de mim. E, a cada palavra, cada som, eu penso na mesma pessoa, e ainda mais do que costumo pensar. Eu tento evitar, mas é incrível como tudo me leva a ela.

É algo inefável. Bem, até outro dia, amigos ;@@

Ps: sim, ás vezes é mais fácil escrever por aqui, mesmo que não seja tudo que sinto, do que dizer à você :/

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Imortalidade .

"... é certo, se isso lhe serve de consolação, que se antes de cada ato nosso, nós pudéssemos prever todas as consequencias dele, a pensar nelas a sério; primeiro as imediatas, depois as prováveis, depois as possíveis, depois as imagináveis, não chegaríamos sequer a mover-nos de onde o primeiro pensamento nos tivesse feito parar. Prestar uma faculdade sem saber ao certo o que quer, falar a uma garota que a ama e não ser correspondido, espalhar um acontecido sem maldade, faltar na escola e perder uma prova ou mesmo falar alguma palavra de um jeito não tão agradável a alguém.

Parece que os bons e os maus resultados dos nossos ditos e obras vão-se distribuindo, supõe-se que de uma maneira bastante uniforme e equilibrada, por todos os dias do futuro, incluindo aqueles, infindáveis, em que já cá não estaremos para poder comprová-lo, para congratularmo-nos ou para pedir perdão.

Aliás, há quem diga que é isto a imortalidade de que tanto se fala.

Por isso, mais do que olhar, importa reparar no outro. Só dessa forma o homem se humaniza novamente. Caso contrário, continuará a ser uma máquina, insensível, que observa passivamente o desabar de tudo à sua volta."


Tenha uma ótima semana ;@@

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Desterro

"Quando acordei foi em você que eu pensei. Provavelmente pensei em ti durante toda a noite também, mas dessa vez tive a sorte de não recordar. Não importa como minha vida esteja seguindo, é sempre em seu sorriso que meus pensamentos se convergem. Não há fuga nem plano B. Eu aprendi que não é te esquecendo que irei me livrar de você. Não importa quanto tempo transcorra, jamais me esquecerei daquela noite, aquela, quando estupefata você ouviu minha curtíssima e derradeira declaração de amor. Metade do tempo eu reflito sobre o que ela significou e o que ela irá se tornar em alguns parcos anos. Logo, meu coração será de outra.. as suas coisas queimarei no quintal (afastando a cachorra para que não se queime) e essa frase eu voltarei a dizer. Mas não para ti, jamais para ti, nunca mais para ti... Você será apenas uma lembrança, feito tantas outras, e eu serei apenas uma lembrança para você... feito tantas outras. Já não me amas? Basta! Irei, triste, e exilado/ Do meu primeiro amor para outro amor, sozinho."

(Olavo Bilac)

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Nesse momento há...

6 bilhões, 470 milhões, 818 mil, 671 pessoas no mundo, e algumas estão fugindo assustadas. Algumas estão voltando pra casa. Algumas dizem mentiras pra suportar o dia. Outras estão somente agora enfrentando a verdade. Alguns são maus indo contra o bem. E alguns são bons lutando contra o mal. Seis bilhões de pessoas no mundo, Seis bilhões de almas.

E ás vezes tudo que nós precisamos é apenas uma.

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Retirado: "One tree hill"

domingo, 11 de julho de 2010

Novos caminhos .

Olá.. eu de novo por aqui.. ;)

Tenha uma ótima semana. Aprenda a recomeçar! Acorde de um jeito diferente, mude seu humor, cumprimente as pessoas na rua, sorria, grite se precisar. Não hesite em chorar, também faz parte. Trabalhe por prazer, estude por prazer, ajude a alguém. Mude a si mesmo. O mundo também mudará, como consequência sua.

;@@

"A viagem não acaba nunca. Só os viajantes acabam. E mesmo estes podem prolongar-se em memória, em lembrança, em narrativa. Quando o visitante sentou na areia da praia e disse:
'Não há mais o que ver', saiba que não era assim. O fim de uma viagem é apenas o começo de outra. É preciso ver o que não foi visto, ver outra vez o que se viu já, ver na primavera o que se vira no verão, ver de dia o que se viu de noite, com o sol onde primeiramente a chuva caía, ver a seara verde, o fruto maduro, a pedra que mudou de lugar, a sombra que aqui não estava. É preciso voltar aos passos que foram dados, para repetir e para traçar caminhos novos ao lado deles. É preciso recomeçar a viagem. Sempre."

José Saramago

sábado, 10 de julho de 2010

Stand by me ;)

"Ás vezes, as pessoas, para superar seus medos e obstáculos,
precisam de que alguém fique junto delas."




Então, quando a noite estiver chegando, e a terra estiver escura, e a lua for a única coisa que veremos, fique comigo..

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Palavras ?

É do amor que nasce a loucura, de querer outra pessoa, tanto, tanto, tanto, que não tem cura ♪

Hahá, mais um dia aqui, eu e as palavras, que me consomem. Algumas, presas há muito tempo dentro de mim. Palavras que não foram ditas. Palavras que não conseguiram sair de minha boca quando era tempo. Sabe, o interessante das palavras é a sua veracidade.

Dizemos tantas frases em nosso dia-a-dia. Trocamos conversas, relacionamo-nos com as pessoas: coisas em comum, a condição do tempo, o filme de ontem à noite, o presente, que consequentemente traz o "passado" e "futuro" junto.

Nem sempre o que dizemos é a verdade sobre algum fato. Ás vezes, dizemos coisas para agradar as pessoas. Falamos coisas sem pensar. Escondemos pensamentos. Pensamos x e dizemos y. Você já parou para pensar o quão importante uma palavra é, e se de fato falamos ela com sinceridade ou não?

Um elogio, uma crítica, um comentário. Cada palavra dita pode gerar uma infinidade de situações, consequências. Podemos levantar a moral de alguém. Podemos arrumar conflitos. Podemos também afundar pessoas no mais profundo desânimo e tristeza.

Incrível não? Como uma palavrinha pequena pode mudar o humor, afetar pensamentos, aproximar ou distanciar pessoas. Um som apenas, que após liberado por alguém, de um jeito ou de outro, transforma. Positiva, ou negativamente. Guerras foram iniciadas com palavras. Guerras cessaram com palavras. Pessoas morreram e morrem por falarem na hora errada. Pessoas confiam por causa de palavras. É muito sério. Uma palavra muda tudo.

Especificamente, vou citar aquelas velhas palavrinhas: "eu te amo". Muitos as dizem, mas poucos realmente sabem tal valor envolvido. Amar. Esse verbo foi tão deturpado, ao longo dos anos, por nós mesmos, humanos. Você diz amar o próximo, fazer caridade, tratar bem as pessoas, se apressa para dizer a todos "o quanto é grande o seu amor". Mas se fosse preciso ajudar em um abrigo de carentes, que sofreu com uma enxente às 19h da noite, em um lugar coberto de lama, ventando forte, pessoas chorando, você provavelmente pensaria muito mais de uma vez para ir.

De fato, as pessoas necessitam de amor. Mas não o amor das palavras. Esse é muito fácil. O amor que está sendo exposto aqui, mesmo que simplificadamente, é muito mais que palavras. É um amor que projeta o futuro. Que é capaz de sofrer, se preciso for, pelo bem de outro. Que não condena alguém pelo passado. Um amor que só vê/enxerga/ouve/sente o momento. O agora. Não digo nem mesmo o hoje, porque daqui a alguns minutos talvez seja tarde demais para alguém. Alguém machucado pela vida, alguém que sofre por não ter pais, ou pensa incansavelmente em suicídio, ou foi abandonado e está com fome. Alguém que foi traído, ou desprezado, ou atingido por palavras cruéis, ou brigou com alguém, ou teve seus planos por água abaixo. Alguém não correspondido.

Precisamos recuperar esse amor, que foca o agora, os momentos. Quando você chegar em sua velhice, você saberá se valeu ou não a pena viver, justamente pelos momentos. Momentos pelos quais você se lembrará. Cada luta sua, cada busca por um amor, cada carta escrita, cada perda de tempo com um um amigo que estava triste e que você o ajudou a se alegrar, com um senhor atravessando a rua, com o pedido de casamento em plena lua cheia, com a construção da sua casa, com aquele dia em que você ajudou um orfanato, com aquele dia em que você foi ao cemitério e confortou alguém, mesmo não querendo estar ali.

No fim, é só isso que conta. O quão importante você se tornou para alguém. O tanto de horas gastas tentando fazer alguém feliz. Porque o que se leva da vida, é a vida que se leva. São os sentimentos, as emoções, os momentos, o prazer de alegrar alguém por um instante. É fazer alguém passar a noite inteira pensando em você e ficar sabendo disso tempos depois. Isso é o que verdadeiramente conta. É dizer "eu te amo", olhando nos olhos de alguém, e saber que essa combinação de palavras é somente um mínimo do sentimento que arde em seu peito naquele exato momento. Não espere o mesmo em troca. O engraçado do amor é isso. Ele não funciona desse jeito: dê e receba. O sistema dele é: dê e espere. Um dia ele virá, quando você menos esperar. Não espere por ele, experiência própria, haha. O amor não fica em um lugar, somente. Ele transita no coração das pessoas, pelo mundo todo, e talvez, um dia, ele dê uma passada no seu.

Por isso, sempre preste atenção nas palavras. Não diga algo da boca pra fora. Algumas palavras devem ser ditas naturalmente.

"Vivemos esperando dias melhores, melhores no amor, melhores na dor, melhores em tudo". Que tal deixar de esperar, e começar a fazer acontecer? Faça parte da história de alguém, nem que seja breve, por um pouco período de tempo, mas que seja positivamente. Nada de bom se cria de repente. Tudo o que é possível hoje ao homem, um dia foi considerado impossível.

Você não precisa mudar o mundo. Mude a você mesmo.
O mundo, na verdade, sempre foi e será um espelho seu.



Como disse uma vez um amigo: "Ame, ame, ame, e por fim, ame." Isso basta.

sábado, 3 de julho de 2010

A vida não pára..

"Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma..

Até quando o corpo pede um pouco mais de alma;
A vida não pára.

Enquanto o tempo acelera e pede pressa
Eu me recuso, faço hora, vou na valsa
A vida é tão rara...

Enquanto todo mundo espera a cura do mal
E a loucura finge que isso tudo é normal
Eu finjo ter paciência.

O mundo vai girando cada vez mais veloz
A gente espera do mundo e o mundo espera de nós
Um pouco mais de paciência...

Será que é tempo que lhe falta pra perceber?
Será que temos esse tempo prá perder?
E quem quer saber? A vida é tão rara
Tão rara...

A vida não pára... "

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Pedro ainda continua buscando motivos para respirar.. ;@

terça-feira, 29 de junho de 2010

À espera do amor .

"O meu amor eu guardo para os mais especiais. Não sigo todas as regras da sociedade e às vezes ajo por impulso. Erro, admito. Aprendo, ensino. Todos erram um dia: por descuido, inocência ou maldade. Conservar algo que faça eu recordar de ti seria o mesmo que admitir que eu pudesse esquecer-te, pois só se lembra de algo que já tenha esquecido. Descobre que só porque alguém não o ama do jeito que você quer que ame, não significa que esse alguém não o ama com tudo que pode, pois existem pessoas que nos amam, mas simplesmente não sabem como demonstrar isso. " Algumas por medo de perder amizades, outras por medo de receberem um não. Será que arriscar-se é mesmo a melhor saída ? Muitas pessoas acreditam que sim. Afirmam que perdemos algo por medo de perder. Não concordo totalmente com essa teoria. Existem algumas situações em que, de fato, temos que arriscar. Outras, talvez seja melhor o silêncio. Vou contar-lhes algumas histórias.

Imaginem um homem chamado Pedro. Menino confiável, responsável, estudioso.
Sempre foi muito certo e lógico. Não fazia mal a ninguém. Tinha poucos amigos, em quem confiava. Gostava de ter o controle das coisas, de saber o que iria acontecer. Poucas vezes gostou realmente de alguém.

Na primeira delas, Pedro apaixonou-se por uma mulher chamada Aline. A viu pela primeira vez na escola. Descobriu posteriormente que também eram da mesma igreja. Aline deixava-o com frio na barriga, sem palavras, suando frio. Pedro, muito tímido de início, aos poucos desenvolveu uma amizade com Aline. Finalmente, Pedro estava caidinho por ela, disposto a amá-la com tudo o que era e tinha. Mas, Aline, entretanto, não enxergava os sentimentos, assim como Pedro, e por ser mais velha, desprezou-o, considerando que eles nunca poderiam dar certo. Pedro ficou arrasado. Não acreditava que a idade poderia ser maior que o amor. Passava sempre suas noites acordado, sentindo o cheiro suave de Aline ao seu lado, sussurando em seus ouvidos, olhando em seus olhos. De repente, em meio ao sonho, acordava desesperado.. a lembrar o "não" de Aline. E foi assim por meses.

O tempo passou.. Pedro continuou sua vida. Distanciou-se de Aline, para evitar sofrimentos, apesar de ainda continuar pensando nela às vezes. Bem, Pedro conheceu outras mulheres.

Quando achava que ficaria só por muito tempo, apareceu Nicole. Pedro acabara de entrar no colegial. Não conhecia ninguém por lá, mas, rapidamente, enturmou-se e começou aquela nova fase de sua vida: escola, estudos, pessoas. Nicole, sutilmente, conquistou-o. Eram da mesma sala, mas demoraram a perceberem-se. Nicole veio se aproximando devagar. Conversas animadas, papos após provas, até que um dia se beijaram. Estavam tão fora do mundo, que por meses fizeram dos seus dias contos de fadas. Eram um casal lindo, entendiam-se facilmente. Imploravam ao relógio que parasse de contar os segundos, para que pudessem ficar somente mais um pouquinho lado a lado. O tempo passou. Longos dias, vastos dias. E com o tempo, foi-se essa "primeira paixão". Pedro, mais maduro, passou a enxergar dificuldades no relacionamento. Nicole, com seu jeito "tudo dá certo no final", iniciou longos dias de brigas intensas com Pedro. Aquele conto de fadas foi substituido por momentos ruins, de desconfiança, ciúmes. Até que Pedro, vendo que o fim era certo, entrou na semana mais dolorosa de toda sua vida. Após noites mal durmidas, aquela interrogação fez Pedro pesar todas as situações possíveis, não apenas seus sentimentos, mas o futuro, a capacidade de recuperação que os dois teriam, e enfim, decidiu escrever um ponto final naquela história tão linda, onde somente existiam vírgulas, reticências e pontos de exclamação. Nicole relutou muito. Ela amava muito Pedro, mas não conseguia enxergar o que ele enxergava. Os dois se distanciaram, Nicole sofreu, mas superou meses depois, com um outro homem.

O tempo passou. E com ele, vieram dias cada vez mais frios, amargos. As músicas lembravam Nicole, as estrelas, os brilhos, as conversas, as intimidades. Não havia mais sentido para respirar. Pedro rapidamente buscou em outros lugares preencher aquele vazio enorme em seu peito. Aquele vazio que tornara seu coração uma pedra de gelo. Fez novos amigos, foi à festas. Até que conheceu Ana. Menina nova na escola, cheia de garotos à seus pés. Mas, quando Pedro a olhava, parecia que ela tinha o poder de penetrar na sua alma. Pedro encantou-se por Ana. De repente, viu-se com ela ao seu lado. Após algumas conversas, estavam juntos. Ana tinha um jeito especial de ser, menina misteriosa. Por um momento, Pedro sentiu seu coração aquecido novamente. Sentia-se feliz com ela. Mas durou pouco tempo. Ana o deixou. Sem motivos, sem razão, sem satisfação. Ana simplesmente sumiu. Os amigos de Pedro avisaram-no para ter cuidado com seus sentimentos, não se apegar à Ana, mas ele inocentemente não deteve seu coração. Pedro, tão sistemático, tão frio para tantas coisas, fora vencido facilmente, e novamente, por uma mulher.

O relógio continou a bater, por ora velozmente, por ora lentamente. Pedro voltou ao estado vazio em que antes encontrava-se. Sem Aline, Nicole e Ana. Apenas lembranças. Seus amigos, sempre ao seu lado, tentavam animá-lo, dizendo que um dia ele iria encontrar alguém, que o faria plenamente feliz, e não o deixaria nunca. Pedro, desiludido por tantas situações, já não via mais graça nas coisas. Tornou-se cada vez mais fechado, com medo de amar novamente, mesmo sabendo que se apaixonar é inevitável.

Passou então a se dedicar inteiramente aos estudos. Jogava futebol às vezes. Aliás, o esporte aliviava sua dor. Enquanto jogava, esquecia por instantes tantos momentos guardados na memória. Cultivou amizades.. Participou mais efetivamente na igreja onde congregava desde seus nascimento. Aos poucos, conseguiu "enganar" sua mente e seu coração. Desde então, Pedro fugia do amor. Quando percebia que alguém tentava se aproximar, Pedro sumia, desaparecia. Preferia sofrer pouco sumindo, do que muito futuramente. Bem, seus dias pareciam se revezar: uns regulares, outros ruins. Nada de novo acontecia. Pedro preenchia seus fins de tarde com músicas tristes. Não sonhava mais, nem acordado, nem a dormir.

Como dito, Pedro tinha poucos amigos, e algumas amigas.

Uma delas, começou a atrair a atenção de Pedro. Era linda, responsável. Confiava muito em Pedro. Chamava Yasmin. Tinha uma família impecável. Teoricamente, Pedro poderia ser muito feliz com Yasmin. Mas, como tudo na vida, havia um problema. Eles eram muito amigos. Vocês podem pensar, que mal há nisso? Um grande amor é também uma grande amizade, não é? Sim, mas Yasmin não enxergava isso. Pedro, por muitos dias relutou tal sentimento. Medo de não dar certo, medo de perder a amizade. Pedro decidiu fazer um teste. Afastaria-se por um tempo, para ver se Yasmin sentiria sua falta. Sumiu, então. Sofreu para ser indiferente, mas conseguiu. O resultado ? Yasmin sentiu sua falta, e estranhou muito aquela distância, mas, quando conversaram novamente, após dias, Pedro tinha vontade de dizê-la que ela havia se tornado a única estrela em que ele enxergava em suas noites. Gostaria de poder fazê-la feliz, abraçá-la. Mas, ela, disse apenas para ele largar a mão de ser bobo, para voltar ao normal. Que ele era o melhor amigo dela, e ela precisava dele. Aquilo acabou com Pedro.
Ele conseguia enxergar os dois juntos. Mas, ela não. Pedro seria, no máximo, mais um amigo que ela teria em sua vida. Nada mais. Talvez ela até achasse Pedro interessante, mas por algum motivo, não daria nunca uma chance para ele. Pedro nunca disse nada à ela sobre o que sentiu, nem tinha pretensões de dizer. Foi vencido pelo medo. Sua mente, lógica e correta, convenceu-o a deixar pra lá, a sumir de novo por alguns dias, para que o sentimento mais lindo do mundo, que tinha o afetado, fosse embora novamente, para algum dia, em alguma outra situação, com outro alguém quem sabe, retornar.

Será que o amor realmente existe? Será que vale a pena arriscar? Tire suas próprias conclusões.

Até esse exato momento, Pedro continua buscando motivos para ainda respirar. À espera de alguém, que um dia possa sentir o que poucas vezes ele sentiu, com tanta intensidade, e que possa fazer valer a pena a sua esperança.

Esperança essa, que o faz suportar os dias, e muito mais agora, as noites.

sábado, 26 de junho de 2010

Freedom .

Final de curso ontem, 25/06/2010 *-*

Graças a Deus acabou.. 1 ano e meio na luta, na correria, na paciência e força de vontade. Grandes momentos, alegrias, histórias, amigos. Pequenos detalhes, sacríficios, nervosismos, medos vencidos.

Quantas tardes, em que eu desejei ir pra casa.. E agora, gostaria de poder estender por muito mais tempo. Realmente, é verdade quando dizem que se você possui pessoas na qual confia e passa momentos agradáveis, tudo se transforma positivamente.

Aulas cansativas e códigos atrás de códigos, mas com eles, amigos de verdade, foi que conseguimos. Vencemos. Vencemos a apresentação final; os jogos de futebol nos intervalos da vida; as aulas vagas que nós preenchemos de felicidade e companheirismo; as provas fáceis.. e difíceis também; o gelo na barriga quando precisava explicar algo pra sala *-*; o primeiro amor, lado a lado, no primeiro semestre; os amigos que encontrei, e que vou levar pra vida.

Cada detalhe, gravado na minha memória, inclusive as pretisses que nós fazíamos na sala de aula, as zoeiras e gargalhadas, a volta no busão todos os dias SAUHASUHAHU Como foi bom tudo isso!

Por essas e outras, que a vida ainda faz sentido. Por causa de pessoas boas que ainda existem no mundo. Por causa dos sonhos, que podem não acontecer hoje, mas que um dia irão acontecer.

Obrigado ID3. Mesmo aqueles que não tive a oportunidade de conversar, me aproximar, agradeço a todos, alunos e professores. Pra sempre na minha vida, marcados no meu coração.

E à todas as dificuldades, momentos ruins, desabafos com amigos, que também apareceram nesse período, vontades de chorar às vezes.. fica aquela minha velha frase de sempre:

"O que não me mata, me fortalece."

E que venha o resto de 2010,
porque eu, sem medo e com a cara à mostra,
com Deus à frente, continuo de pé, continuo lutando.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Visibilidade é tudo na vida .

Uns amigos me falaram que os senhores estão para destruir 45 mil pares de tênis falsificados com a marca Nike e que, para esse fim, uma máquina especial já teria até sido adquirida. A razão desta cartinha é um pedido. Um pedido muito urgente.
Antes de mais nada, devo dizer aos senhores que nada tenho contra a destruição de tênis, ou de bonecas Barbie, ou de qualquer coisa que tenha sido pirateada. Afinal, a marca é dos senhores, e quem usa essa marca indevidamente sabe que está correndo um risco. Destruam, portanto. Com a máquina, sem a máquina, destruam. Destruir é um direito dos senhores.
Mas, por favor, reservem um par, um único par desses tênis que serão destruídos para este que vos escreve. Este pedido é motivado por duas razões: em primeiro lugar, sou um grande admirador da marca Nike, mesmo falsificada. Aliás, estive olhando os tênis pirateados e devo confessar que não vi grande diferença deles para os verdadeiros.
Em segundo lugar, e isto é o mais importante, sou pobre, pobre e ignorante. Quem está escrevendo esta carta para mim é um vizinho, homem bondoso. Ele vai inclusive colocá-la no correio, porque eu não tenho dinheiro para o selo. Nem dinheiro para selo, nem para qualquer outra coisa: sou pobre como um rato. Mas a pobreza não impede de sonhar, e eu sempre sonhei com um tênis Nike. Os senhores não têm ideia de como isso será importante para mim. Meus amigos, por exemplo, vão me olhar de outra maneira se eu aparecer de Nike. Eu direi, naturalmente, que foi presente (não quero que pensem que andei roubando), mas sei que a admiração deles não diminuirá: afinal, quem pode receber um Nike de presente pode receber muitas outras coisas. Verão que não sou o coitado que pareço.
Uma última ponderação: a mim não importa que o tênis seja falsificado, que ele leve a marca Nike sem ser Nike. Porque, vejam, tudo em minha vida é assim. Moro num barraco que não pode ser chamado de casa, mas, para todos os efeitos, chamo-o de casa.
Uso a camiseta de uma universidade americana, com dizeres em inglês, que não entendo, mas nunca estive nem sequer perto da universidade – é uma camiseta que encontrei no lixo. E assim por diante.
Mandem-me, por favor, um tênis. Pode ser tamanho grande, embora eu tenha pé pequeno. Não me desagradaria nada fingir que tenho pé grande. Dá à pessoa uma certa importância. E depois, quanto maior o tênis, mais visível ele é. E, como diz o meu vizinho aqui, visibilidade é tudo na vida.

(Vânia Duarte)

sábado, 5 de junho de 2010

Despedida dum gênio .

“Se por um instante Deus se esquecesse de que sou uma marionete de trapos e me presenteasse com mais um pedaço de vida, eu aproveitaria esse tempo o mais que pudesse. Possivelmente não diria tudo o que penso, mas definitivamente pensaria tudo o que digo. Daria valor às coisas, não por aquilo que valem, mas pelo que significam. Dormiria pouco, sonharia mais, porque entendo que por cada minuto que fechamos os olhos, perdemos sessenta segundos de luz. Andaria quando os demais se detivessem, acordaria quando os demais dormissem. Se Deus me presenteasse com um pedaço de vida, deitava-me ao sol, deixando a descoberto, não somente o meu corpo, como também a minha alma. Aos homens, eu provaria quão equivocado estão ao pensar que deixam de se enamorar quando envelhecem, sem saberem que envelhecem quando deixam de se enamorar. A um menino eu dar-lhe-ia asas e apenas lhe pediria que aprendesse a voar. Aos velhos ensinaria que a morte não chega com o fim da vida, mas sim com o esquecimento. Tantas coisas aprendi com vós, homens… Aprendi que todo o mundo quer viver no cimo da montanha, sem saber que a verdadeira felicidade está na forma de subir a escarpa.
Aprendi que quando um recém nascido aperta com a sua pequena mão, pela primeira vez, o dedo do seu pai, o agarrou para sempre. Aprendi que um homem só tem direito a olhar o outro de cima para baixo, quando está a ajudá-lo a levantar-se. São tantas as coisas que pude aprender com vocês, mas agora, realmente de pouco me irão servir, porque quando me guardarem dentro dessa caixa, infelizmente estarei morrendo. Diz sempre o que sentes e faz o que pensas. Supondo que hoje seria a última vez que te vou ver dormir, abraçar-te-ia fortemente e rezaria ao Senhor para poder ser o guardião da tua alma. Supondo que estes são os últimos minutos que te vejo, dir-te-ia “Amo-te” e não assumiria, loucamente, que já o sabes. Existe sempre um amanhã em que a vida nos dá outra oportunidade para fazermos as coisas bem, mas pensando que hoje é tudo o que nos resta, gostaria de te dizer o quanto te quero, que nunca te esquecerei. O amanhã não está assegurado a ninguém, jovens ou velhos. Hoje pode ser a última vez que vejas aqueles que amas. Por isso, não esperes mais, fá-lo hoje, porque o amanhã pode nunca chegar. Senão, lamentarás o dia em que não tiveste tempo para um sorriso, um abraço, um beijo e o teres estado muito ocupado para atenderes esse último desejo. Mantém os que amas junto de ti, diz-lhes ao ouvido o muito que precisas deles, o quanto lhes queres e trata-os bem, aproveita para lhes dizer, “perdoa-me”, “por favor”, “obrigado” e todas as palavras de amor que conheces. Não serás recordado pelos teus pensamentos secretos. Pede ao Senhor a força e a sabedoria para os expressar. Demonstra aos teus amigos e seres queridos o quanto são importantes para ti."


(Gabriel Garcia Marques)

sexta-feira, 4 de junho de 2010

O começo do amor..


"Lamento admitir, mas o Nelson Rodrigues tem razão, o amor não morre. Nunca. Por mais que o enterremos, o afoguemos, tentemos esfaqueá-lo, esquartejá-lo ou incinerá-lo, ao contrário do frágil ódio, o amor perdura. O amor que foi continua sendo. Mesmo se a decepção, a traição, o rancor, o ciúme, o egoísmo ou a morte tenham destruído um relacionamento, o amor que um dia aconteceu é para sempre. Podes sentir ciúme dos “ex”s de tua amada. Aqueles que passaram pela vida dela carregam um todo dessa mulher que tu nunca vais ter. Do mesmo modo, as ex-namoradas de teu marido das quais “roubaste” o cargo de esposa, roubaram de ti românticos capítulos da juventude desse homem que jamais terás. Mesmo que hoje ele as odeie, as despreze e nunca mais as veja, um todo de cada uma delas está presente nele. Para sempre. Quem pode roubar de nós o primeiro beijo roubado? O primeiro é o primeiro. Se tu não foste o autor do primeiro, tu serás, no máximo, o primeiro de língua, o primeiro na padaria, o primeiro com aparelho nos dentes... O primeiro mesmo, meu caro, já foi e dela ninguém tira. Admite. Admite o quão verdadeiros foram as confissões babacas ao pé-do-ouvido, as primeiras flores recebidas, as fugas e desculpas para ver o “grande amor da minha vida”, o beijo flagrado naquela tarde embaixo da mangueira e que só foi o que foi porque teve um beijo, um abelhudo e uma mangueira que jamais voltarão. Não precisam. São eternos. Ainda que o amado tenha sumido, o abelhudo, morrido e a mangueira, sido cortada. Admite que teu amado de hoje foi aprimorado pelas outras mulheres que ele amou. Que as flores que recebes hoje são filhas do primeiro buquê que ele comprou cujo perfume ainda está nele. Admite que a paciência dele com tua TPM foi conquistada por outra menina que não contou com a mesma complacência. Que as delicadezas que ele hoje tem contigo não vieram das conversas com os amigos, mas de aulas práticas ministradas por almas do sexo feminino encantadora do que aquela primeira que te fez homem. Aceite o fato de que o olhar carinhoso que hoje te derrete foi ensaiado em outros rapazes e que os beijos que agora recebes são jóias lapidadas por outras bocas. Graças a elas, não recebeste um diamante bruto. Admite que teu amado não é teu. Há nele algo tão “ele” que jamais terás, feito de partes que outras tiveram, feito de um todo que também levarás. Admite que tua amada não é tua. Há nela um Bruno, um Carlos, um Luís tão dela quanto ela mesma. Amores verdadeiramente amados que nunca morrerão e que a fazem ser quem é, que fazem todos ser quem são. Admitir isso é o começo do amor."

(Fábio Reynol)

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Proteção demais ?

Alguma vez na vida você já colocou todos os seus planos e desejos nas mãos de alguém. E não há nada de errado nisso, mas o “depois” pode ser um desastre. Se esse alguém que possui tudo de você se vai levando tudo que recebeu consigo, conseqüentemente, não te sobra nada. Sua vida fica vazia, seu futuro incerto, a estrada sem direção. Com o tempo, é claro, a própria estrada reencontra seu caminho ou, na maioria das vezes, encontra um novo caminho. As cores e o calor vão voltando aos poucos e você já é quase o mesmo. Mas, aquele pedaço que foi levado um dia, não volta jamais. Você pode entregar um novo pedaço desse coração reconstruído para um outro alguém (ou para a mesma pessoa, porque os rumos que a vida toma são incertos), entretanto, mesmo que inconscientemente, vai restar o medo de ser “roubado” novamente. Medo. Quantas coisas deixamos de fazer por medo? Quantos abraços deixaram de ser dados, quantos beijos apaixonados foram esquecidos sem terem acontecido, quanto pó se acumulou sobre sentimentos lindos que ficaram deixados nos subterrâneos do coração, tudo por medo? O medo é um instinto humano para proteção. Só não se deixe paralisar por esse desejo de proteção. Se você estiver sempre protegido dos perigos, significa que também está protegido dos sentimentos de conquista, de realização e, pode-se até dizer, do amor. E quem é que quer se proteger disso? Os sentimentos são contraditórios, o medo aflige e amar, é o melhor presente. Não se proteja disso.

sexta-feira, 28 de maio de 2010

A dor que dói mais .

"Trancar o dedo numa porta dói. Bater com o queixo no chão dói. Torcer o tornozelo dói. Um tapa, um soco, um pontapé, dóem. Dói bater a cabeça na quina da mesa, dói morder a língua, dói cólica, cárie e pedra no rim. Mas o que mais dói é saudade.
Saudade de um irmão que mora longe. Saudade de uma cachoeira da infância. Saudade do gosto de uma fruta que não se encontra mais. Saudade do pai que já morreu. Saudade de um amigo imaginário que nunca existiu. Saudade de uma cidade. Saudade da gente mesmo, quando se tinha mais audácia e menos cabelos brancos. Dóem essas saudades todas.
Mas a saudade mais dolorida é a saudade de quem se ama. Saudade da pele, do cheiro, dos beijos. Saudade da presença, e até da ausência consentida. Você podia ficar na sala e ele no quarto, sem se verem, mas sabiam-se lá. Você podia ir para o aeroporto e ele para o dentista, mas sabiam-se onde. Você podia ficar o dia sem vê-lo, ele o dia sem vê-la, mas sabiam-se amanhã. Mas quando o amor de um acaba, ao outro sobra uma saudade que ninguém sabe como deter.
Saudade é não saber. Não saber mais se ele continua se gripando no inverno. Não saber mais se ela continua clareando o cabelo. Não saber se ele ainda usa a camisa que você deu. Não saber se ela foi na consulta com o dermatologista como prometeu. Não saber se ele tem comido frango de padaria, se ela tem assistido as aulas de inglês, se ele aprendeu a entrar na Internet, se ela aprendeu a estacionar entre dois carros, se ele continua fumando Carlton, se ela continua preferindo Pepsi, se ele continua sorrindo, se ela continua dançando, se ele continua pescando, se ela continua lhe amando. Saudade é não saber.
Não saber o que fazer com os dias que ficaram mais compridos, não saber como encontrar tarefas que lhe cessem o pensamento, não saber como frear as lágrimas diante de uma música, não saber como vencer a dor de um silêncio que nada preenche.
Saudade é não querer saber. Não querer saber se ele está com outra, se ela está feliz, se ele está mais magro, se ela está mais bela. Saudade é nunca mais querer saber de quem se ama, e ainda assim, doer."

(Martha Medeiros)

terça-feira, 25 de maio de 2010

Nós: nosso maior fardo .

“Vinde a mim todos vós”. É o chamado do Senhor nos tempos de hoje: “Vinde a mim todos vós”. Jesus está em todos os lugares, todas as cidades, caminhando por todas as ruas, batendo às portas todas, chegando a cada pessoa e a cada coração dizendo: “Vinde a mim todos vós”. Você está sendo chamado a se aproximar de Cristo.
Se você já é do Senhor, já é íntimo d’Ele, está sendo chamado para ser mais íntimo ainda. Sempre há lugar para maior intimidade. Se você está mais ou menos frio, tíbio, relaxado, o chamado do Senhor para você é urgente, é para agora: “Vinde a mim, vinde a mim, todos vós”. Principalmente se você está longe, afastado do Senhor.
O Senhor não está com o dedo levantado para acusá-lo, nem mesmo o chamando para castigá-lo ou jogar em seu rosto seus erros, seus pecados, suas faltas. Não! O Senhor o chama de volta porque Ele o ama. Ele não precisa de você, mas você precisa d’Ele. Por isso, Ele o está chamando de volta. Quanto mais afastado, mais longe estiver, maior o motivo que tem para voltar. E maior é o amor do Senhor que o quer de volta. Se você está próximo, mais ou menos ou muito longe do Senhor, revoltado, desanimado, volte!
É o Senhor dizendo a você: “Vinde a mim todos vós”. “Vinde a mim, todos vós que estais cansados sob o peso do fardo, e eu vos darei descanso” (Mateus 11,28). Às vezes, você pensa que o Senhor quer tratá-lo como “filhinho de papai”. Qualquer “dodói” que você tenha, pode chegar ao Senhor e Ele, um Superpai, irá tratá-lo como “superfilho” cuidando de seus “dodóis”… Não é isso! Deus não quer tratá-lo como “filhinho de papai”, mas como filho. Ele é um Pai cheio de amor, de misericórdia, mas quer tratar filhos como filhos justamente porque é Pai.
Quando Ele diz: “Todos vós que estais cansados sob o peso do fardo”, fala realmente do fardo desta vida. O fardo do mal, do pecado, da tentação, de mil misérias que encontramos em nós mesmos e também no mundo.

O maior fardo que tenho sou eu mesmo. Todos os vícios, pecados e más inclinações que tenho dentro de mim, o “homem velho” que sou obrigado a carregar. Com você também é assim. O maior fardo que você carrega é você mesmo: tem seu nome. Não é apenas um fardo exterior, é interior. Seu coração é mau e é do interior dele que vêm todos os males.
Por isso, o Senhor o chama: “Vinde a mim, todos vós que estais cansados sob o peso do fardo, e eu vos darei descanso” (Mateus 11,28). Além de seu fardo pessoal e interior, você carrega o fardo deste mundo. Livre-se do jugo que pesa sobre você, o jugo do pecado e coloque em suas costas o jugo de Jesus Cristo.
Como o Senhor vai aliviá-lo? Simplesmente tirando seu fardo. O versículo 29 esclarece: “Tomai sobre vós o meu jugo e sede discípulos meus”. É uma questão de substituição. Troque seu fardo pessoal, do pecado, do mundo, pelo fardo de Jesus. Livre-se do jugo que pesa sobre você, o jugo do pecado, e coloque em suas costas o jugo de Jesus.
Jesus o afiança: “O meu jugo é fácil de carregar e o meu fardo é leve”. Pode fazer essa troca sem medo. Você vai sair ganhando. Não fique receoso! O Senhor vai livrá-lo de seu fardo do mal, de pecado e colocar sobre você Seu jugo: fardo leve, fácil. A verdade é que você vai ficar sem fardo.
Há muito cristão enganado pensando que, se for ao Senhor, vai ficar livre para fazer e pensar tudo o que quiser… ir a qualquer lugar… Não é assim. Pelo contrário, você precisa de um jugo, de rédeas. O jugo e as rédeas de Jesus vão levá-lo para a vida.
O jugo pessoal, do “homem velho”, do mundo, que parece ser muito suave, que dá ampla liberdade para se fazer o que há na cabeça, o que se quer, o que se bem entende, na verdade, leva à escravidão. Viver sem rédeas é uma verdadeira escravidão. Mas o fardo e as rédeas de Jesus o levam para a vida eterna. É isso que o Senhor quer."

(Trecho do livro “O Pão da Palavra – volume 1” de monsenhor Jonas Abib)

' Sick in the heart and in the soul..


I'm so sick of love songs, but why can't i turn off the radio ?

(Ne-yo)

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Sumi .

"Sumi porque só faço besteira em sua presença, fico mudo quando deveria verbalizar, digo um absurdo atrás do outro quando melhor seria silenciar, faço brincadeiras de mau gosto e sofro antes, durante e depois de te encontrar. Sumi porque não há futuro e isso não é o mais difícil de lidar, pior é não ter presente e o passado ser mais fluido que o ar. Sumi porque não há o que se possa resgatar, meu sumiço é covarde mas atento, meio fajuto meio autêntico, sumi porque sumir é um jogo de paciência, ausentar-se é risco e sapiência, pareço desinteressado, mas sumi para estar para sempre do seu lado, a saudade fará mais por nós dois que nosso amor e sua desajeitada e irrefletida permanência."

(Martha Medeiros)

domingo, 23 de maio de 2010

O contrário do Amor

"O contrário de bonito é feio, de rico é pobre, de preto é branco, isso se aprende antes de entrar na escola. Se você fizer uma enquete entre as crianças, ouvirá também que o contrário do amor é o ódio. Elas estão erradas. Faça uma enquete entre adultos e descubra a resposta certa: o contrário do amor não é o ódio, é a indiferença.

O que seria preferível, que a pessoa que você ama passasse a lhe odiar, ou que lhe fosse totalmente indiferente? Que perdesse o sono imaginando maneiras de fazer você se dar mal ou que dormisse feito um anjo a noite inteira, esquecido por completo da sua existência? O ódio é também uma maneira de se estar com alguém. Já a indiferença não aceita declarações ou reclamações: seu nome não consta mais do cadastro.

Para odiar alguém, precisamos reconhecer que esse alguém existe e que nos provoca sensações, por piores que sejam. Para odiar alguém, precisamos de um coração, ainda que frio, e raciocínio, ainda que doente. Para odiar alguém gastamos energia, neurônios e tempo. Odiar nos dá fios brancos no cabelo, rugas pela face e angústia no peito. Para odiar, necessitamos do objeto do ódio, necessitamos dele nem que seja para dedicar-lhe nosso rancor, nossa ira, nossa pouca sabedoria para entendê-lo e pouco humor para aturá-lo. O ódio, se tivesse uma cor, seria vermelho, tal qual a cor do amor.

Já para sermos indiferentes a alguém, precisamos do quê? De coisa alguma. A pessoa em questão pode saltar de bung-jump, assistir aula de fraque, ganhar um Oscar ou uma prisão perpétua, estamos nem aí. Não julgamos seus atos, não observamos seus modos, não testemunhamos sua existência. Ela não nos exige olhos, boca, coração, cérebro: nosso corpo ignora sua presença, e muito menos se dá conta de sua ausência. Não temos o número do telefone das pessoas para quem não ligamos. A indiferença, se tivesse uma cor, seria cor da água, cor do ar, cor de nada.

Uma criança nunca experimentou essa sensação: ou ela é muito amada, ou criticada pelo que apronta. Uma criança está sempre em uma das pontas da gangorra, adoração ou queixas, mas nunca é ignorada. Só bem mais tarde, quando necessitar de uma atenção que não seja materna ou paterna, é que descobrirá que o amor e o ódio habitam o mesmo universo, enquanto que a indiferença é um exílio no deserto."

(Martha Medeiros)